A resposta do jovem Silmar Gomes Costa, de 36 anos, ao chamado de Deus para a vocação sacerdotal concretizou-se no sábado, 01 de outubro, na Catedral Diocesana de Caraguatatuba.

Pelas mãos de dom José Carlos Chacorowski, bispo diocesano de Caraguatatuba, Silmar foi ordenado padre, assumindo o lema: “O Senhor esteve ao meu lado e me deu forças para que eu pudesse anunciar as boas novas plenamente!” (2Tm 4, 17).  A celebração contou com a presença de 25 padres, diáconos, além de familiares e amigos do neopresbítero.

Natural de Caraí (Minas Gerais), padre Silmar nasceu em 17 de abril de 1986 e se formou no Seminário Diocesano de São José de Anchieta, de Taubaté. Desde a entrada no seminário, em 2003, sua primeira experiência como vocacionado, o jovem percorreu um caminho de quase 20 anos no processo formativo.

Para ter discernimento e amadurecimento de sua vocação, ele ficou sete anos fora do Seminário, depois sentiu o chamado e voltou somente em 2015 para o acompanhamento vocacional. Em 10 de agosto de 2017, o padre ingressou novamente no Propedêutico em Ubatuba.

Em 2018 inicia a etapa de configuração por mais quatro anos em Taubaté. Realizou seus pastorais na Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Ubatuba, e também no Serviço de Animação Vocacional Diocesano (SAV).

Durante a missa de ordenação, Silmar viveu junto com seus familiares e a comunidade presente momentos de intensa emoção. O novo padre foi ungido por Dom José Carlos, professou seus compromissos e foi revestido pela túnica e estola sacerdotal pelos novos colegas sacerdotes.

Primeira Missa

A primeira Missa do Padre Silmar aconteceu na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, no Perequê Mirim, neste domingo, dia 2 de outubro. O neo-sacerdote escolheu essa Capela para presidir a celebração especial, porque já foi coroinha e fez catequese lá. Seja bem-vindo, Padre Silmar!

Confira um relato dele sobre a vocação sacerdotal:

Viver o chamado de Deus através do sacramento da ordem é algo que só quem recebe sabe bem o que quero dizer, assim como quem se dispõe a viver o sacramento do matrimônio e fica na expectativa da chegada dos filhos, é algo que realmente não se traduz em palavras. É uma graça quando encontramos nosso caminho e damos nosso sim com certeza ao chamado que Deus nos confia, e como sempre falo nos Encontros vocacionais, só eu posso dar meu sim ao meu chamado. Cada pessoa é única e Deus chama a cada um de forma pessoal e intransferível e, por isso, é uma realização viver tudo isso através, hoje, do diaconato.

A partir da missa de ordenação tive a certeza que não era mais o mesmo, que algo sobrenatural tinha acontecido ali, a certeza de que a marca indelével estava em mim. Por isso, aquilo que está sendo dado por Deus deve ser vivido com amor e carinho na entrega a todo o povo de Deus. É interessante pensar nas pessoas que ali estiveram e presenciaram minha entrega de forma livre, pois nosso sim deve ser livre.

Esse chamado é o serviço, que é o dom que Deus nos dá e nos fortalece a cada dia. É o nosso caminho de santidade, pois somos chamados a conduzir o povo de Deus, sermos pastores, e isso se dá em nosso exemplo de vida. A vivência do diaconato é a vivência dos atos dos apóstolos, pois é a plenitude do serviço e o exercício da humildade, sendo exercida na função caritativa.

Viver o diaconato é receber do próprio Deus o caráter do serviço, que todo o povo de Deus tem, e em específico nós que recebemos o grau da ordem, por isso tudo isso é um caminho que devemos percorrer e pedir forças a Deus a cada dia, para que possamos fazê-lo bem.

Diante disso, peço a Deus a cada dia que me envie a força do Seu Espírito Santo para ter, nesse caminho, humildade, prudência e vigilância para que recebendo o ministério presbiteral possa fazer com todo zelo o serviço ao povo de Deus e à Igreja que cuida de mim e não me desampara. Peço à Virgem santíssima o entendimento para que minha consagração seja diária, e que o Senhor sempre permaneça ao meu lado para que eu possa servir com fé a todos aqueles que Ele, em sua infinita misericórdia, coloque no meu caminho. E que em meu ministério sacerdotal, eu possa ser ungido e protegido pela Mãe de Deus. Agradeço a Deus por esse chamado e que meus próximos passos até a ordenação presbiteral sejam abençoados e simples como Jesus foi. Deus nos abençoe e nos dê a graça de vivermos sempre o nosso chamado de forma concisa e alegre assim como nos fala o Papa Francisco, alegrai-vos e exultai.

Fotos: Bruno Monteiro/ Laura Cantagesso / Pascom Diocesana