O festeiro do Divino e as tradições da festa mais popular de Caraguatatuba

O Espírito Santo é o amigo, que invisivelmente, caminha junto com o aposentado Edson Aldighieri, de 64 anos, pela sua vida toda. A devoção dele ao Paráclito é algo inexplicável. Tanto que ele é um dos festeiros mais populares da festa do Divino e foi escolhido para contar um pouco dessa linda tradição da Catedral nesta edição de maio.

Tesoureiro voluntário da Catedral Divino Espírito Santo, ele é um dos festeiros que tiveram a honra de coordenar a Festa do Divino que chega a sua 31ª edição e se consagra atualmente como uma das mais populares de Caraguatatuba.

Para ele, coordenar a 25ª Festa do Divino ao lado de sua esposa Glória foi um momento memorável. “O padre Alessandro Coelho nos convidou na época e aceitamos com prontidão e gratidão”, lembra.

De acordo com o Edson, ao longo desses anos, atuar como coordenador foi desafiador, mas que além dessa função, ele já teve a oportunidade de participar como festeiro em diversas festas do Divino, sendo responsável pelo bingo, liturgia e contabilidade. “Ser festeiro é uma grande experiência de unidade e espiritualidade”, destaca.

Não é só com a Festa do Divino que o Edson atua na Diocese. O aposentado é voluntário na Catedral desde 2007. “Fui convidado pelo Padre Alessandro Henrique Coelho para ser tesoureiro da Catedral do Divino Espírito Santo em meados de 2007 e prontamente aceitei, para prestar serviço de voluntariado. Neste mesmo período fui convidado pelo bispo Dom Altieri para participar como membro do CAED, na saída de Dom Altieri da nossa diocese assumiu Dom José Carlos, o qual me convidou para dar continuidade como membro do CAED”, lembra.

 “Foram vários momentos marcantes que presenciei na comunidade como voluntario e tesoureiro, como a reforma externa e interna da Catedral, as campanhas para a colocação dos vitrais e pisos, a dedicação do altar e também as pinturas Sacras. Ser festeiro com minha esposa foi um momento de alegria, tanto para nós, quanto para nossa família, um desafio que nos engrandeceu. Continuo a disposição do padre Vladimir, em servir a minha comunidade e a diocese”.

Muito obrigado pelo seu “sim” Edson!

Curiosidades sobre a Festa

A comemoração da festa do Divino, que é o padroeiro da Diocese, é realizada tradicionalmente no domingo de Pentecostes. A primeira aconteceu em 1992. São 31 anos de história que reúnem sonho, muito trabalho, dedicação e adoração ao Espírito Santo.

A festa litúrgica, sempre tingida da cor vermelha, expressa a devoção ao Divino através das orações e cantorias, entrelaçando a cultura e a religiosidade popular. A partilha dos alimentos e a reunião de pessoas ao redor da mesa e do altar, fez com que cada um, dos trinta anos seguintes, fosse de congraçamento e alegria, de muito trabalho, de tensões e muitas histórias.

Uma das primeiras festeiras, a funcionária da Curia Diocesana, Selma Neder, relembra que tudo começou em 1988, com a chegada dos padres redentoristas para uma ação missionária e pastoral na cidade. À época a comunidade se organizou e foi em busca de um local onde pudesse ser erigida uma igreja, no bairro do Indaiá.

De acordo com o Padre Vladimir foi só depois de encontrar o espaço e em meio a tantas sugestões, que a comunidade reunida escolheu o Divino Espírito Santo como padroeiro. “Era o ‘Padroeiro dos padroeiros’. Com o esforço de muitos, em 1992 aconteceu a primeira festa do Divino”, conta.

Na primeira festa do Divino algumas pessoas foram protagonistas. Entre elas, estava o casal Luiz e Angélica que nunca mais deixaram de celebrar a data. “Ficamos felizes em poder acompanhar a história desde o seu início, desde a primeira festa. Termos podido ajudar e participar de tantos momentos, das procissões e a decorar o altar e andor por tantos anos. Agradeço ao Divino Espírito Santo”, comemoram.

Nesses trinta anos, assim como o festeiro Edson centenas de pessoas deram seu suor e seu tempo por amor e por devoção. Começando pelo Pe. Miguel Rosseto que um dia sonhou com esse projeto de evangelização. Passaram ainda Pe. Nino Carta, Pe. Elmiran dos Santos, Pe. Antônio Messias, Pe. Dislau Sciukot, Pe. Alessandro Henrique Coelho, Pe. André Ouriques até chegar ao Pe. Vladimir Coelho.

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