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Dia do Catequista encerra programação do Mês Vocacional na Diocese; Veja depoimento

Neste domingo (29), é comemorado o dia do Catequista. A data especial fecha a programação do Mês vocacional que a Igreja viveu ao longo de agosto. A primeira semana, por exemplo, foi dedicada aos ministérios ordenados – as vocações de diáconos, presbíteros e bispos. No segundo domingo, foi comemorado a vocação matrimonial (família).  A data, que coincide com o dia dos pais, abriu a programação da Semana Nacional da Família. Já o terceiro, foi dedicado à vida consagrada – aos religiosos e religiosas. No quarto, foi celebrada a vocação dos cristãos leigos e leigas – os diocesanos que se dedicam nos serviços pastorais e missionários.

Em 2021 o tema do Mês Vocacional é “Cristo nos salva e nos envia”, que vem justamente da Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Christus Vivit, dentro do projeto do Serviço de Animação Vocacional/Pastoral Vocacional do Brasil (ChV 118-123). Já, o lema é ““Quem escuta a minha palavra possui a vida eterna” (cf. Jo 5,24).

Confira o depoimento do Catequista Diego Roberto, atual coordenador diocesano da Animação Bíblico-catequética da Diocese. 

Lembro-me da primeira vez que, na rua para onde mudamos, uma catequista passava para chamar as crianças a participar da celebração que tinha no centro comunitário do bairro, era toda sexta-feira, saíamos da escola já nos preparando para estar na celebração, e lá, os adolescentes, as crianças e os jovens cantavam, preparavam a liturgia, acolhiam. Mas antes, era preciso passar em algumas casas, uma para pegar os vasos litúrgicos, outra para pegar as roupas para as encenações etc.

A celebração era também um encontro para nós! Eu, admirado, sempre via aquela catequista e tantas outras com esse mesmo ardor em animar os pequeninos para a festa Maior: o encontro com Jesus. O tempo foi passando, e veio o convite, através desta amável catequista, para participar da pastoral. Sim, ela me chamou para ser um CATEQUISTA, minha resposta veio à tona, assim como o sentimento de alegria em poder colaborar mais ainda com aquela comunidade.

Os encontros aconteciam aos sábados, nas dependências da escola da comunidade local. Novamente eu, um neo-catequista, ficava observando a alegria e o entusiasmo dos demais em preparar o espaço, rezar, acolher todas as crianças, as dinâmicas, os teatros e até mesmo o lanchinho no final. Era tudo preparado com tanto zelo e amor, pensado, rezado, partilhado, era uma comunidade de fato. A partir de então, o tempo passou, assumi a coordenação da catequese nesta comunidade e iniciamos um trabalho ousado: em três finais de semana, fizemos a inscrição de todas as crianças, adolescentes e jovens da comunidade, visitando cada casa do bairro, uma missão extraordinária que nos resultou numa catequese ainda mais dinâmica.

Com o tempo, recebi o convite para assumir a coordenação paroquial pela primeira vez. Ao chegar, lembro-me dos catequistas sentados no banco da igreja aguardando, junto com o pároco, o professor que estaria à frente da pastoral todo animado! Ali, iniciamos um lindo trabalho, atendendo às famílias, participando das festividades da paróquia, mudando e adequando um material didático, criando uma identidade à catequese, sempre zelando pela espiritualidade e a formação dos catequistas, pensando em cada parte de um encontro catequético, desde a acolhida até a oração de final, com o compromisso da semana.

O tempo se passou, e durante uma reunião dos coordenadores paroquiais veio o convite para assumir a coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética, o desafio era grande, pois estávamos adaptando um material didático para toda a diocese e o trabalho foi árduo, mas quando se tem uma equipe tudo se torna mais brando, sempre digo que é preciso primeiro criar laços, ser família, e assim fizemos. Pensamos uma pastoral que fosse coesa, priorizamos a formação dos catequistas, a partir dos encontros diocesanos, das oficinas, os inúmeros encontros e visitas paroquiais, repensamos a estrutura da pastoral catequética, organizando a equipe diocesana e dos encontros de catequese com os materiais oferecidos, além da setorização dos coordenadores paroquiais.

Com a chegada da pandemia, todos tivemos que nos reinventar, repensar a prática, fortalecer o nosso sim vocacional e ousarmos a fim de não deixarmos todo um trabalho se perder. Por esse motivo, iniciamos imediatamente as reuniões virtuais com os coordenadores e, juntos, pensamos as atividades remotas para que nossas catequeses não parassem e pudéssemos estar em constante contato com as famílias.

As histórias são inúmeras, os testemunhos são vários, a alegria de um trabalho que começou numa pequena comunidade, hoje se intensifica na oração, no estudo, no respeito e principalmente no sorriso acolhedor durante a missão. Isso é, para mim, ser catequista. Desejo a todos os catequistas de nossa amada diocese um feliz dia e que possamos sempre trazer a nossa história para, diariamente, colocarmos a nossa vocação a serviço da comunidade.  Amo muito vocês!

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